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segunda-feira, 25 de maio de 2015

[RESENHA] OS Três, Sarah Lotz

RESENHA

Os Três - Sarah Lotz

Sinopse: Os Três - Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo.

Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação.
A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular:

"Eles estão aqui.
O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele..."

Essa mensagem irá mudar completamente o mundo.




Olá leitores! Terminei a leitura de "Os três" agora e precisei vir correndo fazer a resenha. 
Vamos iniciar pela capa que diz muito sobre o livro. como pode-se verificar na sinopse, 4 aviões caem em pontos difrentes, sendo identificados na capa pelos riscos (três vermelhos e um cinza) 3 crianças sobrevivem e há indícios de que uma possível quarta criança também tenha sobrevivido. Em cada risco vermelho possui uma criança, dois meninos e uma menina. O quarto risco está em cinza escuro, indicando um quarto acidente e há sombras que simulam uma quarta criança envolvida. 
Confesso que no início da leitura fiquei muito empolgada com a história e a sinopse me envolveu de tal forma que quis desvendar este mistério. Afinal, a mensagem que Pamela May Donald deixou antes de morrer nos deixa om aquela pulga atras da orelha não é?! 
Logo percebemos que este não seria um livro comum primeiramente pela forma com que foi escrito: a autora utilizou de entrevistas, depoimentos, trocas de e-mails, transcrições de conversas por skype ou redes de relacionamento, até mesmo a transcrição de uma das caixas pretas dos aviões envolvidos, o que inicialmente passou a ser muito interessante, permitindo ao leitor a percepçãode vários pontos de vista de pessoas envolvidas na história. 
Logo nos primeiros capítulos percebe-se que há algo de estranho nas crianças sobreviventes. Alguns relatos chegam realmente a dar aquele frio na barriga para saber o que realmente aconteceu, já que é um milagre aquelas crianças terem sobrevivido. 
Contudo, apesar de ser um tanto quanto estranho apenas as "crianças-milagre" sobreviverem, e de haver diversos relatos indicando que algo paranormal ou forças alienígenas estariam presentes, a autora focou nestes relatos exatamente como se fossem apenas teorias de conspiração do governo, ou exagero religioso. 
Claro que num acontecimento deste nível, a sociedade encontraria formas diversas de se explicar o que estaria acontecendo. Os fanáticos religiosos acreditariam que aquele era o inicio do fim do mundo, os ufólogos que era alienígenas com chips implantados e assim por diante. Mas o fato era que as crianças voltaram com um comportamento diferente e a autora focou em explicar que eram sintomas psicológicos do trauma. 
No decorrer do livro, as entrevistas e depoimentos acabaram que por cansar o leitor, depoimentos que não saiam do lugar, e ficavam rodeando a mesma história de "os três estão esquisitos mas é por causa do trauma psicológico que sofreram devido ao acidente. Os fanáticos religiosos que estão ficando malucos". isso me deixou bastante entediada e todo o encanto que tive pelo livro aos primeiros capítulos foi por aguá abaixo. A partir daí foi só decadência ao meu ver.
Formulou uma tese e nas últimas 50 páginas desconstruiu todo o livro. E as respostas ficam por dedução do leitor. 
Apenas as últimas páginas são construídas de forma narrativa com um narrador em terceira pessoa. O que pelo menos me deixou feliz pois realmente aqueles textos descritivos já tinham me cansado. Claro que como são depoimentos havia sim a narrativa em primeira pessoa, mas a grande alternância faz o leitor se sentir até um pouco confuso.
Por fim, a história é maravilhosa, com suspense na medida, mas passa longe de ser um thriller psicológico e o desenvolvimento deixou a desejar. Acredito que se a autora não tivesse focado tanto nas teorias religiosas, mas sim no comportamento dos Três, com certeza o livro seria muito mais interessante. Aparentemente coisas "estranhas" só aconteciam com Paul Craddock, tio de Jess, uma das Três. Isso me intrigou muito. O que me fez acreditar que a intenção da autora era mais criar um livro para criticar o fanatismo religioso e até que ponto um sujeito pode se deixar influenciar por isto. 




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