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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

[RESENHA] A máquina do tempo, H. G. Wells

Por Amanda Medeiros

A Máquina do Tempo


Sinopse:O mais famoso romance de antecipação de H. G. Wells numa nova tradução de Fausto Cunha feita sobre o texto definitivo especialmente para a Coleção Mundos da Ficção científica. A história espantosa de um cientista que inventa a Máquina de Viagem no Tempo e com ela se lança no longínquo futuro, indo encontrar a humanidade dividida em duas raças distintas — os belos e delicados Elois e os abjetos Morlocks. Todos os valores que hoje alicerçam a civilização parecem ter desmoronado e a espécie humana está ameaçada de extinção. Que terá acontecido ao longo dos séculos?





O que falar de um livro explêndido? Bom, este com certeza foi um do livros mais inteligentes e mais imaginativos que já li se for comparado com a data em que foi escrito. A primeira edição deste livro data de 1895 e talvez seja o primeiro livro a abordar sobre o assunto viagem ao tempo. 

No livro, o viajante do tempo, assim como é chamado, elabora uma máquina com a capacidade de viajar no tempo e ele assim o faz afim de conhecer o futuro bem como as sociedades que nele existem. Com a máquina, ele viaja até o ano de 802.701 e com grande surpresa descobre que a humanidade não existe mais, mas, ele encontra duas espécies de seres vivos pouco parecido com os humanos e desenvolve uma teoria com base na sociedade capitalista. 

Os Elois, são seres graciosos, vivem em cima da terra, adoram o dia, alegram-se com pouco e, segundo teorias do viajante do tempo são seres que descendem da burguesia, da classe que não precisava trabalhar, apenas explorar a classe trabalhadora enquanto eles viviam sob o lema carpe diem. Já os Morloks, são seres que vivem em baixo da terra, descendentes da classe proletária que com seu trabalho e esforço entendem de máquinas e as utilizam em prol da sua sobrevivência.  São albinos por nunca terem saído ao sol; são muito inteligentes e são os provenientes de tudo o que precisam os Elois. Durante a noite saem para caçá-los e o viajante do tempo compara os Elois como o gado criado pelos Morloks, visto que os Elois acabaram por "perder sua inteligência". 
Não há inteligência onde não há mudanças nem necessidade de mudanças. Só desenvolvem a inteligência aqueles animais que têm de enfrentar uma enorme gama de perigos e necessidades. Assim, ao que se me afigurava, o homem do Mundo Superior acabara reduzido àquela frágil beleza, e o Mundo Subterrâneo à mera indústria mecânica. 

O livro é narrado em primeira pessoa, mas quem o narra é um amigo do viajante do tempo, o que nos faz lembrar muito o estilo da narrativa dos livros do Sherlock Holmes. Nenhuma das pessoas são mencionadas por nomes, a não ser a "namorada" que o Viajante do tempo arruma no futuro. Todas elas são mencionadas como "o médico", "o jornalista", "o psicólogo".  A narrativa se faz quando o Viajante reúne um grupo de amigos para contar a experiência que teve, o que claro, fez todos duvidarem dele. 

Com certeza é um livro que vale a pena ler. Muita rápido e interessante e como já disse, extremamente inteligente. Claro que não podemos deixar de notar a Grande Crítica que o livro faz sobre a sociedade capitalista e exploradora. Talvez a moral da estória seja: " E o feitiço virou contra o feiticeiro"...


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